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Rondônia: estado é o terceiro da Região Norte que mais matou pessoas trans

O “Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras”, divulgado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), revela um número alarmante de pessoas trans assassinadas no Brasil. A estatística resume os casos ocorridos entre os anos de 2017 e 2023, período em que houve a mobilização. Os estados de São Paulo (SP), Ceará (CE), Bahia (BA), Rio de Janeiro (RJ), Minas Gerais (MG), Pernambuco (PE), Paraná (PR), Pará (PA), Amazonas (AM) e Paraíba (PB) disputam os registros de mortes de pessoas trans.

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Nos últimos sete anos, 720 pessoas perderam a vida nestes locais por serem trans. Estatisticamente, São Paulo, com 135 casos, foi o estado que mais matou. O dossiê destaca a idade das vítimas e o perfil socioeconômico delas, ressaltando que “assim como ocorreu em 2021, a vítima mais jovem tinha 13 anos, exatamente em um contexto de acirramento do levante de ações e narrativas contra o direito às infâncias trans, e a agenda conservadora que tem mobilizado pânico sobre o mito da realização de ‘cirurgias de mudança de sexo em crianças’, que não são defendidas e nem permitidas no Brasil.”

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Na Região Norte, o Amazonas acende o sinal vermelho ao se configurar entre os top 10 com 38 vítimas fatais. O estado de Rondônia também aparece nas estatísticas, posicionando-se entre os 15 estados que mais mataram pessoas pela orientação sexual, com 16 pessoas vítimas de crimes contra pessoas trans.

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Para Bruna Benevides, secretária de Articulação Política da Antra, a prostituição não é o único fator para as mortes. “Chamar atenção para o fato de que não acreditamos que a prostituição necessariamente coloca pessoas trans em situação de vulnerabilidade, mas sim a transfobia e as condições que lhes retiraram as oportunidades, levando-as a buscar a prostituição como única opção. Inclusive, urge discutirmos o fato de que nem toda profissional do sexo está em vulnerabilidade social e que muitas encontraram ali uma saída frente aos processos”, finaliza.

Dossiê com as estatísticas; leia aqui: Dossiê Antra 2024.

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