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Projeto Cine Itinerante leva cinema para escolas municipais e IFRO

Iniciam na sexta-feira (21 de junho) as ações do Projeto Cine Itinerante “Do Mar do Caribe à Beira do Madeira: Educação, Arte e Cultura Cinematográfica em Instituições de Ensino”, desenvolvido pela escritora/historiadora Cledenice Blackman. O objetivo principal é oportunizar o contato com a sétima arte, através do cinema itinerante em três escolas municipais e no Instituto Federal de Rondônia (IFRO) – Campus Porto Velho Calama.

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O Projeto Cine Itinerante foi submetido, aprovado e contemplado no Edital de Chamamento Público nº 001/2023/FUNCULTURAL para seleção de projetos artísticos culturais que contemplem o desenvolvimento e a produção de obras audiovisuais no município de Porto Velho-RO, no âmbito da Lei Complementar nº 195 – Lei Paulo Gustavo, de 08 de julho de 2022, do Decreto nº 11.453, de 23 de março de 2023, e do Decreto nº 11.525, de 11 de maio de 2023.

O Cine Itinerante também é um projeto de extensão do Campus Porto Velho Calama, onde Cledenice atua como bibliotecária/documentalista. O projeto foi institucionalizado via Edital nº 3/2024/PVCAL – CGAB/IFRO, de 23 de janeiro de 2024 – Edital de Institucionalização das Ações de Extensão – Fluxo Contínuo.

A primeira escola a receber o projeto é a Areal da Floresta, nos seguintes horários: 8h às 9h/10h às 11h (manhã) e 14h às 15h/16h às 17h (tarde). Na oportunidade, será exibido o documentário “Festival do Mar do Caribe à Beira do Madeira 2022 (dia 1)”. Após as sessões, acontecerão debates com a comunidade escolar.

No dia 05 de julho, quem recebe o Cine Itinerante são os alunos dos 4º e 5º anos da Escola Pé de Murici, nos seguintes horários: 8h às 9h/10h às 11h (manhã) e 14h às 15h/16h às 17h (tarde). Já no dia 09 de agosto, os estudantes da Escola Bilíngue Porto Velho poderão acompanhar as atividades do projeto em quatro sessões: 8h às 9h/10h às 11h (manhã) e 14h às 15h/16h às 17h (tarde).

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Finalizando as sessões cinematográficas, no dia 08 de novembro, no auditório do Campus Porto Velho Calama, ocorrerão duas sessões, com a exibição do documentário “Festival do Mar do Caribe à Beira do Madeira 2022 (dia 1)” e do curta-metragem/documentário “Resistência”, dirigido por Juraci Junior.

No dia 09 de novembro, no auditório do Campus Porto Velho Calama, ocorrerá um Sarau Cultural com o lançamento do livro infantojuvenil bilíngue (português/inglês) “Do Mar do Caribe à Beira do Madeira: A Travessia de uma Família de Barbados para o Brasil”, de autoria da bibliotecária/documentalista, Doutora em Educação do Campus Porto Velho Calama, Cledenice Blackman. Também estão previstas outras atividades: exposição de livros, apresentação musical, recital de poemas/poesias, exposição de telas (artes visuais) e sorteio de brindes.

“A atividade é aberta ao público externo à comunidade escolar do IFRO Porto Velho Calama. Também estamos tratando da organização do Sarau Cultural e o lançamento do livro acima mencionado a ser realizado no Mercado Cultural no dia 10 de novembro, a partir das 8h30 da manhã”, adianta Cledenice.

Cledenice destaca que o projeto Cine Itinerante “Do Mar do Caribe à Beira do Madeira: Educação, Arte e Cultura Cinematográfica em Instituições de Ensino” visa contribuir para o cumprimento da Lei nº 10.639/03, posteriormente alterada para nº 11.645/2008, que orienta a obrigatoriedade dos estudos, e consequentemente, produções literárias sobre a cultura afro-brasileira, suas nuances, e inclusão no currículo oficial da Rede de Ensino da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e para o atendimento à Portaria nº 470, de 14 de maio de 2024, que institui a Política Nacional de Equidade, Educação para as Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola (PNEERQ).

Nesta perspectiva, o projeto também contribui para a desmistificação da história afro-antilhana sob a perspectiva da escritora/historiadora Cledenice Blackman e sua influência na construção do conhecimento decolonial na tradição cultural portovelhense/amazônida, destacando as influências afro-amazônicas caribenhas inglesas.

“Tendo em vista que no início do século XX, imigrantes e famílias afro-antilhanas deram surgimento a um bairro denominado Barbadian Town (Bairro dos Barbadianos), utilizando-se do recurso das artes integradas, agregando diferentes linguagens, inclusive do cinema itinerante. Além disso, o projeto contribui para combater o racismo estrutural, tendo em vista que, conforme o Anuário de Segurança, o estado de Rondônia é o 2º estado do país com mais casos de racismo”, explica Cledenice.

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