O Dia Internacional do Orgulho LGBT+ é comemorado nesta sexta-feira (28) em uma celebração anual da Revolta de Stonewall. Nesta data, em 1969, uma multidão tomou as ruas de Manhattan, em Nova York, para protestar contra a violência policial que atingiu a comunidade LGBT+ e pedir por mais liberdade sexual. A partir de então, sempre em junho, começaram a pipocar paradas nas principais cidades do mundo, em memória das pessoas assassinadas naquele primeiro dia e em celebração aos que seguiram vivos.
A luta da comunidade LGBT+ foi marcada historicamente também por canções que deram força para a resistência e também acolheram quem estava combalido em momentos difíceis. Confira abaixo cinco hinos que marcaram a história da população LGBT+.
“Born This Way” – Lady Gaga
Demorou apenas dez minutos para Lady Gaga compor aquele que a Billboard elegeu como o maior hino LGBT+ da história da música. “Born This Way” foi o primeiro single e título do terceiro álbum da cantora americana. A canção fala sobre a importância de se aceitar e construir seu mundo de dentro para fora.
A música é, até hoje, a maior estreia de Lady Gaga nas paradas musicais e foi, na época, a primeira canção a ficar por três semanas no topo do Billboard Hot 100 em cem anos. O videoclipe, dirigido por Nick Knight, trazia no começo um manifesto que falava sobre o nascimento de uma espécie livre de preconceitos.
“Vogue” – Madonna
Sucesso absoluto, “Vogue” é parte do álbum “I’m Breathless”, trilha sonora do filme “Dick Tracy”. A canção é um hino à pista de dança e marcou época ao prestar tributo a artistas antigos de Hollywood.
Ela foi, recentemente, incorporada a uma versão remix de “Break My Soul”, em que Beyoncé homenageia Madonna e cantoras negras que foram referência para ela.
O clipe, dirigido por David Finsher, usou e abusou da cultura voguing, própria da comunidade afrolatina LGBT+ dos Estados Unidos.
“Indestrutível” – Pabllo Vittar
A drag queen Pabllo Vittar trouxe logo em seu álbum de estreia, lançado em 2017, a música “Indestrutível”, que fala sobre o processo de reconstrução e cura pelo qual a comunidade LGBT+ precisa passar para sobreviver às violências que enfrenta. A letra é Pablo Bispo e Rodrigo Gorky, que são produtores da cantora maranhense até hoje.
O clipe, dirigido Bruno Ilogti, traz uma mensagem de combate à violência contra a comunidade e mostra cenas de um menino que é agredido fisicamente por quatro rapazes. No fim do vídeo, Pabllo revela ter sofrido com homofobia no ambiente escolar e pede que a sociedade olhe com mais carinho para as vítimas.
“I’m Coming Out” — Diana Ross
“I’m Coming Out”, hit de Diana Ross que traz em seu título a ideia de “sair do armário”, foi lançada em 1980, como parte do álbum “Diana”. Escrita e produzida por Nile Rodgers e Bernie Edwards, a música foi uma homenagem da dupla Chic à comunidade LGBT+, que abraçava a cantora.
Em entrevista ao New York Post, Nile Rodgers explicou que viu muitas mulheres trans e drag queens vestidas com figurinos usados por Diana Ross e teve, de imediato, a ideia de transformar aquela conexão em música. Inicialmente, Diana não entendeu “I’m Coming Out” como uma referência para sair do armário, mas, de cara, gostou da pegada de empoderamento que a letra apresenta.
O hino se consolidou e acabou virando um dos principais sucessos da carreira da cantora americana, ao lado de hits como “Missing You” e “Upside Down”.
“I Will Survive” — Gloria Gaynor
Lançada em 1978 e dona do Grammy de Melhor Gravação de Disco de 1980, “I Will Survive” é um hino de resistência da comunidade. A canção foi imortalizada na voz de Gloria Gaynor, que vem ao Brasil para a edição deste ano do Rock in Rio e para um show solo em São Paulo.
Escrita inicialmente para mostrar a perspectiva de uma mulher recém largada pelo marido, a canção acabou sendo abraçada e aclamada em boates LGBT+ de todo o mundo.
Com composição de Freddie Perren e Dino Fekaris, “I Will Survive” virou uma grande referência da cultura pop: aparece na trilha sonora do filme “Priscilla, a Rainha do Deserto”, de 1994, e ganhou uma releitura remix com “Hush Hush”, da banda The Pussycat Dolls, em 2009. A versão do grupo liderado por Nicole Scherzinger chegou à primeira posição da parada Dance Club Songs da Billboard.
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