Luiz F. S. de S., 38 anos, entrou na lista do Estado Plurinacional da Bolívia como pessoa indesejada em solo boliviano. De nacionalidade brasileira, Luiz atuava para a sigla criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) até ser capturado numa região universitária por homens da Força Especial de Luta Contra o Crime (FELCC), um dos braços armados mais conhecidos do país andino. Durante a prisão, o brasileiro portava uma identidade falsa e, de acordo com a polícia, ele se chamava David Araújo da Silva.
Na Bolívia, Luiz residia no departamento de Santa Cruz há pelo menos um ano. A polícia agora trabalha para saber qual era a atividade que o brasileiro desempenhava. Segundo o vice-ministro do Interior e da Polícia, Jhonny Aguilera, o próximo passo é “apurar qualquer acontecimento que lhe tenha permitido a obtenção de documento de identidade falsificado, será avaliado para apurar se era oficial ou não, por enquanto é um documento falso, será administrado como um ativo obtido a partir de lucros ilícitos.”
A polícia do país andino menciona Luiz em relação à lavagem de dinheiro, considerando os bens que possuía. Com a prisão, o brasileiro ganhou o status de “expulso” do país, seguindo a proposta do governo de mandar para fora da Bolívia criminosos que estejam buscando o país como esconderijo.
Ao site EL Deber, o vice-ministro pontuou que existe a necessidade de expulsão do brasileiro e de qualquer outra pessoa que esteja vivendo de maneira ilícita na Bolívia. “As pessoas que pretendem se esconder no país e cometer crimes, há poucos minutos uma aeronave transportou este sujeito brasileiro que tem contra si uma multiplicidade de crimes, o mais grave dos quais é o tráfico de drogas. Quem pretender não só reverter a sua situação jurídica, mas também procurar refúgio no país, será expulso”, disse.
Durante a prisão, o integrante do PCC não quis se pronunciar. Segundo o coronel da polícia de Santa Cruz, Erick Holguín, contra o brasileiro existem pelo menos três acusações: “inclusive escapou de uma das prisões onde foi privado de liberdade, também estava sendo investigado por homicídio, tráfico de drogas e outros ilícitos”, concluiu.